segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Primeiro dia de trabalho

Acordei ensonado. Deixei-me adormecer de novo, para ser acordado pela intensa chuva. Metei-me no carro e segui na cauda do trânsito que se deslocava de forma pachorrenta. Os pneus dos automóveis à minha frente afastavam a água que inundava o piso de asfalto, mais parecendo lanchas dos pântanos que veículos de estrada.
Estou atrasado!
Tentava ultrapassar alguns carros, para logo ter que regressar ao meu lugar. Fiz outras tentativas que acabavam sempre goradas. Os limpa-vidros giravam ruidosamente e com insistência, tentando afastar a água. Resolvi ligar o rádio mais só apanhei estática. Raios! Vou chegar bastante tarde! Espreitei rapidamente a outra faixa da estrada e vi uma pequena janela de oportunidade. É agora! Tenho que ultrapassar! Acelerei e num gesto rápido comecei a ultrapassar o automóvel que seguia á minha frente. Só então me apercebi que estava quase em cima de uma curva. Sobre esta havia uma ponte firma na zona térrea que separava as duas faixas de rodagem. O carro embateu no betão e subiu a rampa, embateu com força nos pilares e caiu sobre a capota. Abri os olhos e saí. Não tinha nada, não havia sangue. Quando os agentes chegaram as minhas pernas fraquejaram e perdi os sentidos.

1 comentário:

paulotpires disse...

This is not america... :)