É bom sentir o sol na pele e inspirar a maresia.
Dirigíamo-nos à praia interpelando os transeuntes, perguntando-lhes:
- Excuse me! Can you tell me the way to the beach?
Caminhávamos mais um pouco e voltávamos a importunar os locais com a mesma pergunta.
No jardim do centro da cidade, deparei com uma rapariga sentada num banco. Fiz sinal aos rapazes e sentámo-nos no banco em frente a dizer piropos nada subtis e a enviar beijinhos. Ela, por vezes punha uma cara de zangada, ora baixava os olhos. Contudo, era-lhe difícil esconder o sorriso quando a nossa teatralidade era mais despropositada. Orlando sugeriu que simulássemos o acto de tirar uma fotografia. Dito e feito. Tirei a câmara da bolsa e apontei. Engoli em seco quando ao espreitar pela lente, vi um rapaz a beijá-la languidamente.
Apressamo-nos a entrar a atravessar o jardim e a entrar no autocarro que nos levaria até próximo da praia. Dentro do veículo o Orlando continuava a lançar beijinhos á rapariga e a dizer piropos. O namorado da rapariga barafustava, prometia-nos pancada e o Américo desafiava-o a atravessar a rua para nos confrantar.
O autocarro partiu no preciso momento em que o ofendido se aproximava de nós, louco de raiva, pronto a fazer-nos em papa.
Desfrutámos a praia. Mas, tornou-se impossível continuar a tolerar os galanteios foleiros que o nadador salvador continuava a fazer, de forma despropositada, às veraneantes ao nosso lado. Não bastasse importunar as mulheres, tinha o rádio a tocar música, horrivelmente lamechas, num volume gritante.
Abandonamos a praia frustrados, por terminar um dia que se havia iniciado de forma prometedora.
1 comentário:
ai o Verão... e as veraneantes...
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